Área da Arte

“A arte tem como meta materializar a beleza invisível de todas as coisas, despertando a sensibilidade e aprofundando o senso de contemplação, promovendo o ser humano aos páramos da Espiritualidade. Graças à sua contribuição, o bruto se acalma, o primitivo se comove, o agressivo se apazigua, o enfermo se renova, o infeliz se redescobre, e todos os outros indivíduos ascendem na direção dos Grandes Cimos.” CARVALHO, Vianna. Atualidade do Pensamento Espírita, por FRANCO, Divaldo Pereira. Perg. 144. 3.e., Salvador: Ed Alvorada, 2002.

Assim como qualquer outra atividade na seara espírita, o trabalho com arte deve ser realizado com muita seriedade e responsabilidade. Arte não é apenas entretenimento, ou mera distração para jovens e crianças. Arte é um canal extraordinário de educação, através do qual mexemos com conteúdos psíquicos que jazem adormecidos nas entranhas da alma. Quando mal conduzida, a arte pode levar a criatura a cometimentos infelizes, como temos observado com várias personalidades do meio artístico; quando iluminada por ideais superiores, entretanto, revela-se como um manancial extraordinário, de onde extravazam sentimentos que levam a criatura humana ao deleite e à contemplação, fazendo-a sentir-se parte integrante do universo e filha bem amada de Deus.

Ao falarmos em qualidade no trabalho de Arte Espírita, não estamos nos referindo tão somente à qualidade doutrinária, no sentido do respeito aos princípios do Espiritismo. Evidentemente, a preocupação com o conteúdo espírita é o ponto de partida para qualquer trabalho artístico espírita. Mas, além do conteúdo, é fundamental o respeito à técnica. A arte, seja qual for sua modalidade, exige, de quem a produz, o esforço intelectual, intuitivo e, também, físico. Se trabalhamos com arte, precisamos conhecer arte. Se nossa área é o teatro, torna-se necessário o estudo a respeito do “fazer teatral”; se trabalhamos com a música, é imprescindível o conhecimento das leis do ritmo, da vibração, da harmonia; e assim sucessivamente, em qualquer modalidade artística.

Aí está o grande desafio do artista espírita: unir o Espiritismo à Arte, duas coisas distintas, complexas, que possuem suas características próprias, mas que não são antagônicas. Quando unidos Espiritismo e Arte, harmoniosa e integradamente, o resultado será um trabalho que muito auxiliará o ser humano nesta grande epopéia que é a sua marcha evolutiva.

Considerando a importância da Arte como veículo de educação do espírito imortal e de divulgação da Doutrina Espírita, todas as atividades artísticas no Movimento Espírita devem basear-se nas obras da Codificação Espírita e subsidiárias. Recomenda-se que o desenvolvimento de projetos artísticos seja realizado por meio de ações junto aos trabalhadores espíritas vinculados à arte e demais colaboradores das Instituições Espíritas, seguindo as seguintes diretrizes:

Documentos Orientadores